Elite Squad, só mais um filme de ação

Fuçando nos blogs alheios, me deparei, no site do jornalista Ricardo Calil, com uma pérola: o trailer americano do famigerado "Tropa de Elite", ou melhor, "Elite Squad".
A amostra gringa foi totalmente modificada, retirando o foco do capitão Nascimento para os dois amigos André Matias e Neto, que são apresentados como pessoas que, ao perderem familiares na guerra do tráfico, resolvem entrar na polícia e fazer justiça.
Esse trailer só vem a confirmar um momento de epifania que tive nos seminários da FIICAV - 3ª Feira Internacional da Indústria do Cinema e Audiovisual , quando, na mesa de "Dados do Mercado Cinematográfico", Cadu Rodrigues, "O" cara da Globo Filmes, apresentou uma pesquisa até então inédita sobre o público consumidor de teatro e cinema. Encomendada pela Globo Filmes e executada pelo Instituto Datafolha, a pesquisa, entre outras coisas, mostrou que o público consumidor de cinema tem na ação seu gênero preferido. Isso explica o sucesso de "Tropa" entre variadas faixas etárias e classes sociais. É óbvio! José Padilha fez um filme de ação, com todos os clichês que o gênero pede, só que ambientado no Rio de Janeiro. Isso pode ser comprovado com o trailer,ainda que este não corresponda totalmente ao filme já que foi forjado para agradar aos americanos.




A preferência do público foi depois reforçada pelo Jorge Peregrino, vice-presidente da Paramount e presidente do SEDCM-RJ (Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Rio de Janeiro-Ufa!), entidade que também encomendou uma pesquisa ao Datafolha, mas focada apenas no mercado de cinema e muito mais abrangente, já que feita em dez capitais brasileiras (a da Globo Filmes ficou restrita a São Paulo e Rio de Janeiro, ops!)
Tá certo que filmes de ação não são lá o forte do cinema nacional, mas na pesquisa do Sedcm-Rj, que pode ser acessada aqui, 43% dos homens e 22% das mulheres entrevistadas elegem a ação como gênero preferido, tanto para filmes nacionais como estrangeiros.

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